As regiões da cabeça e do pescoço de um embrião humano com 4 semanas de idade se assemelha às mesmas regiões de um embrião de peixe de mesma idade. Isto explica o uso do termo aparelho branquial, que em grego branchia significa guelra. Assim, um aparelho faríngeo (branquial) primitivo se desenvolve em embriões humanos, contudo, não se formam guelras.
O aparelho faríngeo é constituído por:
- arcos faríngeos (total de 5 em ambos os lados);
- bolsas faríngeas (total de 4 em ambos os lados);
- sulcos faríngeos (total de 4 em ambos os lados);
- membranas faríngeas.
✸ São 6 arcos faríngeos ao todo, porém o 5° arco faríngeo frequentemente está ausente e quando presente é rudimentar.
Tais estruturas contribuirão para a formação da face, das cavidades nasais, da boca, da laringe, da faringe e do pescoço.
-Arcos Faríngeos-
Os arcos faríngeos são derivados do mesoderma paraxial e lateral, e do ectomesênquima derivado das células da cristal neural.
Ao todo formam-se 6 pares de arcos faríngeos na lateral da parede da faringe, enumerados no sentido cefalocaudal como: 1°, 2°, 3°, 4° e 6° par (lembrando que o 5° arco faríngeo frequentemente está ausente e quando presente é rudimentar).
O interior de cada arco é composto por mesênquima (tecido conjuntivo embrionário), externamente são separados por sulcos faríngeos, os quais são revestidos por ectoderma e internamente pelas bolsas faríngeas, as quais são revestidas por endoderma, ou seja, possui um revestimento externo de ectoderma e um revestimento interno de endoderma. Além disso, todo arco faríngeo possui:
- 1 arco cartilaginoso (que forma o esqueleto do arco - função de suporte "estrutural");
- 1 artéria (proveniente do arco aórtico - função de suporte "nutricional"- vascularização);
- 1 nervo craniano (nervos sensores e motores que suprem a mucosa e os músculos derivados do arco - inervação).
-Primeiro par de arcos faríngeos (Arco mandibular)-
É o primeiro a se desenvolver e o único que se subdivide em 2 porções (proeminências ou processos), uma mais dorsal, chamada de proeminência mandibular. A parte cartilagínea do arco mandibular chama-se de cartilagem de Meckel, a qual terá papel fundamental na formação da mandíbula. A cartilagem de Meckel desaparece com o decorrer do desenvolvimento da mandíbula, por ossificação intramembranosa.
Estruturas derivadas
Muito interessante!!!
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