segunda-feira, 10 de julho de 2017

Sistema Articular e Tecido Cartilaginoso

Tecido Cartilaginoso

O tecido cartilaginoso é uma forma especializada de tecido conjuntivo de consistência rígida, em que desempenha função de fornecer suporte à tecidos moles (traqueia e brônquios), reveste superfícies articulares (no encontro entre um osso e outro) em que absorve choques e facilita o deslizamento dos ossos nas articulações, também é importante na formação e no crescimento, principalmente dos ossos longos.
O tecido cartilaginoso não possui vasos sanguíneos, linfáticos ou nervos, suas células recebem nutrientes, que se difundem pela matriz, provenientes dos vasos sanguíneos presentes nos tecidos conjuntivos que envolvem a cartilagem. Apresenta:
  • água;
  • fibras colágenas (principalmente do tipo II);
  • proteoglicanos;
  • glicoproteínas multiadesivas;
  • células (condrócitos).
Como os demais tipos de tecido conjuntivo, o tecido cartilaginoso contém células e abundante material extracelular, que constitui a matriz.

As células são chamadas de condrócitos, que são originadas de condroblastos, os quais ocupam cavidades na matriz extracelular chamadas de lacunas, em que uma lacuna pode conter 1 ou mais condrócitos. São células secretoras de colágeno, principalmente do tipo II, proteoglicanos e glicoproteínas, como a condronectina. Os condrócitos vivem em baixa tensão de oxigênio.

A matriz extracelular pode ser constituídas por glicosaminoglicanos, proteoglicanos, glicoproteínas, fibras colágenas e fibras elásticas. O tecido é nutrido a partir de capilares do tecido envolvente (pericôndrio). As cartilagens que revestem as superfícies dos ossos n as articulações móveis não possuem pericôndrio e recebem nutrientes do líquido sinovial das cavidades articulares. 


Tipos de cartilagens

Segundo as fibras presentes na matriz, há 3 tipos de cartilagens:
  • Cartilagem hialina - é o tipo mais frequente encontrado no corpo humano. Possui uma matriz constituída por colágeno tipo II associado ao ácido hialurônico, proteoglicanos bem hidratados e glicoproteínas, além de condronectina (que possui sítios de ligação para condrócitos, colágeno tipo II e glicosaminoglicanos). Esta cartilagem forma o molde cartilaginoso de muitos ossos durante o desenvolvimento embrionário, e constitui as placas epifisárias dos ossos em crescimento. No adulto, a cartilagem hialina é encontrada principalmente na parede das fossas nasais, traqueia e brônquios, na extremidade ventral das costelas e recobrindo as superfícies articulares dos ossos longos (articulações com grande mobilidade). 
  • Cartilagem elástica - assemelha-se à cartilagem hialina, porém inclui, além das fibras de colágeno tipo II, uma abundante rede de fibras elásticas contínuas com as do pericôndrio, possui maior elasticidade. Sendo encontradas no pavilhão da orelha, nas tubas auditivas interna e externa, epiglote e laringe .
  • Fibrocartilagem - possui substância fundamental escassa e abundante fibras colágenas do tipo I, que estão alternadas paralelamente com as fileiras de condrócitos. Não possuem pericôndrio. Esta presente nos discos intervertebrais, na sínfise púbica, nos discos articulares e ligada ao osso.


Células da cartilagem hialina

Células condrogênicas
São células fusiformes,estreitas, originárias de células mesenquimatosas. Estas células podem se diferenciar em condroblastos, ou em células osteoprogenitoras. 

Condroblastos
Originam-se de 2 fontes:
  • células mesenquimatosas - no centro formador de cartilagem;
  • células condrogênicas - da camada celular interna do pericôndrio.
Condrócitos
São as células diferenciadas a partir de condroblastos circundados pela matriz que ele próprio sintetizou. Quando situados perto da periferia são alongados, e quando situados mais profundamente na cartilagem são mais arredondados.


Matriz da cartilagem hialina 

A matriz da cartilagem hialina é composto por colágeno tipo II, proteoglicanos, glicoproteínas e fluído extracelular. O colágeno tipo II não forma feixes grandes, apesar de a espessura dos feixes grandes.



Crescimento

O crescimento da cartilagem deve-se a dois processos:

  • crescimento intersticial - por divisão mitótica dos condrócitos preexistentes, praticamente só ocorre nas primeiras fases da vida da cartilagem. À medida que a matriz se torna cada vez mais rígida, o crescimento intersticial deixa de ser viável e a cartilagem passa a crescer somente por aposição.
  • crescimento aposicional -  que se faz a partir das células do pericôndrio. 


Pericôndrio

Todas as cartilagens hialinas, exceto as cartilagens articulares, são envolvidas pelo pericôndrio. O pericôndrio é formado por tecido conjuntivo denso, na sua maior parte, muito rico em fibras de colágeno tipo I na parte mais superficial, porém gradativamente mais rico em células à medida que se aproxima  da cartilagem. Além de ser uma fonte de novos condrócitos para o crescimento, é responsável pela nutrição, oxigenação e eliminação de refugos metabólicos da cartilagem, pois nele estão localizados vasos sanguíneos e linfáticos, inexistente no tecido cartilaginoso. Morfologicamente, as células do pericôndrio são semelhantes aos fibroblastos, porém as situadas mais profundamente, isto é, próximo à cartilagem, podem facilmente multiplicar-se por mitoses e originar condrócitos, caracterizando-se assim, funcionalmente, como condroblastos.



Crescimento da Cartilagem Hialina

As
Histogênese e Crescimento da Cartilagem Hialina
As células responsáveis pela formação da cartilagem hialina
originam-se de células mesenquimatosas.
Na região na qual haverá formação de cartilagem, células
mesenquimatosas individuais retraem seus prolongamentos,
tornam-se arredondadas e se reúnem em massas densas denominadas
centros formadores de cartilagem. Estas célulasse diferenciam tornando-se condroblastos e começam a secretar
matriz em torno de si. C om a continuação deste processo,
os condroblastos ficam envolvidos pela matriz secretada por
eles e acabam contidos dentro de pequenos compartimentos
individuais denominados lacunas.
Quando os condroblastos se tornam envolvidos pela matriz,
eles passam a ser denominados condrócitos (Fig. 7.2). Estas
células ainda são capazes de divisão celular, e formam grupos
de duas a quatro ou mais células dentro de uma lacuna. Estesgrupos são denominados grupos isógenos e representam uma,
duas ou mais divisões celulares de um condrócito original (ver
Fig. 7.1). C om a produção de matriz, as células de um grupo
isógeno separam-se umas das outras formando lacunas individuais
e, desta maneira, aumentam a cartilagem por dentro. Este
tipo de crescimento é denominado crescimento intersticial.

Células mesenquimatosas situadas na periferia da cartilagem
em desenvolvimento diferenciam-se formando fibroblastos.
Estas células produzem um tecido conjuntivo denso, de
fibras colágenas, não modelado, o pericôndrio, responsável
pelo crescimento e manutenção da cartilagem. O pericôndrio
tem duas camadas, uma camada fibrosa externa, composta
por colágeno tipo I, fibroblastos e vasos sangüíneos, e uma
camada celular interna, composta principalmente por c é lulas
condrogênicas. As células condrogênicas dividem-se
e tornam-se condroblastos, que começam a sintetizar matriz.
Desta maneira, a cartilagem também cresce por acréscimo a
sua periferia, um processo denominado crescimento por
aposição.
O crescimento intersticial somente ocorre na fase inicial da
formação da cartilagem hialina. Entretanto, a cartilagem articular,
que não possui pericôndrio, somente cresce por crescimento
intersticial. Este tipo também ocorre nas placas epifisárias
dos ossos longos, nas quais as lacunas dispõem-se com
uma orientação longitudinal paralela ao eixo maior do osso; por
isso, o crescimento intersticial serve para tornar o osso mais
longo. A cartilagem do resto do corpo cresce principalmente
por aposição, um processo controlado, que pode continuar
durante a vida da cartilagem.




SISTEMA ARTICULAR

As articulações são uniões (junções) entre 2 ou mais ossos ou partes rígidas do esqueleto. As articulações exibem várias formas e funções. Algumas não possuem movimento, como as lâminas epifisiais entre a epífise e a diáfise de um osso longo em crescimento, outras permitem apenas pequeno movimento, como os dentes em seus alvéolos, outras têm mobilidade livre, como a articulação do ombro.




As articulações podem ser classificadas de acordo com a constituição
tecidual que faz a conexão entre os ossos ou as cartilagens.
As articulações por continuidade, em que os ossos se unem por
um tecido conjuntivo fibroso, são denominadas de Articulações
fibrosas. Aquelas em que os ossos se unem por um tecido cartilaginoso
são ditas Articulações cartilagíneas, e aquelas, em que os
ossos estão justapostos, separados por uma fenda articular e envolvidos
por uma cápsula articular, são chamadas de Articulações
sinoviais. A Figura 3.1 mostra os três tipos de articulações.
3.3 Articulações Fibrosas
Podemos classificar as articulações fibrosas em três tipos
fundamentais de acordo com a união que ocorre entre os ossos
ou as cartilagens. Os três tipos fundamentais são: suturas,
sindesmoses e gonfoses.
3.3.1 Suturas
Encontramos as suturas principalmente entre os ossos do
crânio, em que a união é feita por tecido conjuntivo fibroso.
As suturas são classificadas em planas se as margens de contato
entre os ossos são planas, um exemplo é a união que ocorre
entre os ossos nasais (veja a Figura 3.2A). As suturas são
classificadas em denteadas ou serreadas (veja a Figura 3.2B)
se as margens de contato dos ossos são em forma de dentes
de serra, como é o caso da maioria das articulações dos ossos
da cabeça. E finalmente se têm as suturas escamosas (veja a
Figura 3.2C) se a margens dos ossos são em forma de escama,
como ocorre entre com os ossos parietal e temporal.
3.3.2 Sindesmoses
Outro tipo de articulação fibrosa é a sindesmose. Nela o
tecido interposto é o conjuntivo fibroso, que faz a união dos ossos a distância. Encontramos esse tipo de articulação entre os
corpos do rádio e da ulna e entre a tíbia e a fíbula, em que a união
é feita pela membrana interóssea de constituição fibrosa (veja a
Figura 3.3).
3.3.3 Gonfoses
Temos, ainda, um terceiro tipo de juntura fibrosa chamada de
gonfose. Encontra-se esse tipo de articulação somente entre os
dentes e os alvéolos dentários da maxila e da mandíbula. Os dentes
estão fixados nos ossos por intermédio de tecido conjuntivo
fibroso (veja a Figura 3.4). 3.4 Articulações Cartilagíneas
Neste tipo de articulação a união (conexão) entre os ossos e feita
por cartilagem hialina ou fibrocartilagem. As articulações cartilagíneas
apresentam pouca mobilidade e são de dois tipos: sincondroses
e sínfises.
3.4.1 Sincondroses
Nas sincondroses a união entre os ossos ocorre por meio de
cartilagem hialina. Esse tipo de articulação pode ser intra-ósseas
− dentro de um mesmo osso (metáfise dos ossos longos) − ou interósseas
− entre ossos diferentes (osso occipital e osso esfenóide,
como mostra a Figura 3.5).
3.4.2 Sínfises
Um outro tipo de articulação cartilagínea é a sínfise. Na sínfise
a união entre os ossos se faz por meio de tecido fibrocartilaginoso.
É o que acontece na união entre os corpos das vértebras e também
na sínfise púbica. Nesses locais o disco intervertebral e o disco interpúbico
de constituição fibrocartilaginoso se interpõem às vértebras
e aos ossos dos púbicos, respectivamente (veja a Figura 3.6).
3.5 Articulações Sinoviais
Quando realizamos o movimento do braço, caminhamos ou
chutamos uma bola, estamos usando uma articulação do tipo sinovial.
As articulações sinoviais são aquelas que apresentam grande
amplitude de movimento e se caracterizam pela presença de uma cápsula articular responsável pela união entre os ossos. Nesse
tipo de articulação, encontram-se elementos constantes e elementos
inconstantes.
3.5.1 Elementos constantes e inconstantes das
junturas sinoviais
Os elementos constantes das articulações sinoviais são aqueles
elementos que estão presentes em todas as articulações sinoviais.
Eles são representados pelas seguintes formações:
1. superfícies ósseas articulares – que correspondem às superfícies
de contato entre os ossos;
2. cartilagens articulares – de constituição hialina situada nas
extremidades dos ossos;
3. cápsula articular – constituída de membrana fibrosa externa e
de membrana sinovial interna;
4. líquido sinovial – produzido pela membrana sinovial; e
5. cavidade articular – espaço entre os ossos preenchido de líquido
sinovial. O líquido sinovial composto de ácido hialurônico
lubrifica as articulações a fim de evitar o atrito entre as
superfícies ósseas (veja a Figura 3.7).
1. discos articulares − estruturas fibrocartilaginosas em forma
de disco que permitem que duas superfícies ósseas discordantes
possam articular entre si. Encontramos disco na
articulação entre o osso temporal e a mandíbula (articulação
temporomandibular);
2. meniscos − estruturas fibrocartilaginosas em forma de meialua
(disco incompleto) que agem como amortecedores de peso
e permitem a estabilização da articulação do joelho;
3. lábio articular − estrutura em forma de anel que amplia uma
das superfícies articulares (encontramos um lábio na escápula
da articulação escápulo-umeral e na articulação do quadril); e
4. ligamentos − estruturas em forma de fita modelada rica em
fibras colágenas e elásticas que ajudam na fixação dos ossos
articulados. Os ligamentos são de origens musculares ou capsulares,
podem se localizar na substância da cápsula articular
(capsular), dentro da cápsula articular (intracapsular) ou por
fora da cápsula articular (extracapsular). Eles desempenham as
funções de coesão ou adesão, e frenam ou limitam os movimentos
articulares (veja a Figura 3.8).  PAGINA 55


As articulações são junções entre os ossos. Três tipos de
articulações são identifi cadas em humanos:
• Fibrosas (sinartroses): ossos unidos por um tecido conjuntivo
fi broso (os exemplos incluem as suturas de alguns ossos do
crânio, as ligações fi brosas entre alguns ossos longos e as
gonfoses (dentes na mandíbula e na maxila)
• Cartilagíneas (anfi artroses): ossos unidos por uma cartilagem
ou por uma cartilagem e um tecido fi broso; inclui os tipos
primária, sincondrose (cartilagem epifi sial dos ossos em
crescimento) e secundária, sínfi se (disco intervertebral entre
as vértebras adjacentes da coluna vertebral)
• Sinoviais (diartroses): ossos unidos por uma cavidade articular
preenchida com líquido sinovial e revestida por uma cápsula,
com uma cartilagem articular revestindo as superfícies opostas
as seguintes características de cada um dos três
principais tipos de articulações:
1. Sutura: um tipo de articulação fi brosa que permite
pouco movimento
2. Membrana interóssea: também um tipo de
articulação fi brosa que permite algum movimento
3. Cartilagem epifi sial: uma articulação cartilagínea
que é imóvel
4. Disco intervertebral: uma articulação cartilagínea
que permite algum movimento
5. Articulação sinovial: o tipo mais frequente
de articulação, a qual permite uma variedade de
movimentos (colorir a cápsula fi brosa, a membrana
sinovial, a cartilagem articular e a cavidade da
articulação sinovial, cada uma de uma cor diferente)
Geralmente, quanto mais movimento ocorre em uma articulação,
maior é a vulnerabilidade desta articulação em sofrer uma
lesão ou deslocamento. As articulações que permitem pouco ou
nenhum movimento oferecem maior sustentação e resistência


CLASSIFICAÇÃO DAS ARTICULAÇÕES
Três classes de articulações são descritas de acordo com a forma ou o tipo de material pelo qual os
ossos são unidos.
Nas articulações sinoviais, os ossos são unidos por uma cápsula articular (formada por uma
camada fibrosa externa revestida por uma membrana sinovial serosa) que transpõe e reveste a
cavidade articular. A cavidade articular de uma articulação sinovial, como o joelho, é um espaço
potencial que contém um pequeno volume de líquido sinovial lubrificante, secretado pela
membrana sinovial. No interior da cápsula, a cartilagem articular cobre as faces articulares dos
ossos; todas as outras faces internas são revestidas por membrana sinovial. Na Figura I.16A os
ossos que normalmente se apresentam apostos foram afastados para demonstração, e a cápsula
articular foi insuflada. Por conseguinte, a cavidade articular, que normalmente é potencial, está
exagerada. O periósteo que reveste os ossos na parte externa à articulação funde-se com a
camada fibrosa da cápsula articular
Nas articulações fibrosas, os ossos são unidos por tecido fibroso. Na maioria dos casos, o grau de
movimento em uma articulação fibrosa depende do comprimento das fibras que unem os ossos. As
suturas do crânio são exemplos de articulações fibrosas (Figura I.16B). Esses ossos estão bem
próximos, encaixando-se ao longo de uma linha ondulada ou superpostos. A sindesmose, um tipo
de articulação fibrosa, une os ossos com uma lâmina de tecido fibroso, que pode ser um ligamento
ou uma membrana fibrosa. Consequentemente, esse tipo de articulação tem mobilidade parcial. A
membrana interóssea no antebraço é uma lâmina de tecido fibroso que une o rádio e a ulna em
uma sindesmose. A sindesmose dentoalveolar (gonfose) é uma articulação fibrosa na qual um
processo semelhante a um pino encaixa-se em uma cavidade entre a raiz do dente e o processo
alveolar da maxila. A mobilidade dessa articulação (um dente mole) indica distúrbio dos tecidos de sustentação do dente. No entanto, movimentos locais microscópicos nos informam (graças a
propriocepção) sobre a força da mordida ou do cerrar de dentes, e sobre a existência de uma
partícula presa entre os dentes
3Nas articulações cartilagíneas, as estruturas são unidas por cartilagem hialina ou fibrocartilagem.
Nas sincondroses ou articulações cartilagíneas primárias, os ossos são unidos por cartilagem
hialina, o que permite leve curvatura no início da vida. As articulações cartilagíneas primárias
geralmente são uniões temporárias, como as existentes durante o desenvolvimento de um osso
longo (Figuras I.14 e I.16C), nas quais a epífise e a diáfise são unidas por uma lâmina epifisial.
As sincondroses permitem o crescimento do osso no comprimento. Quando é atingido crescimento

completo, a lâmina epifisial converte-se em osso e as epífises fundem-se com a diáfise. As
sínfises ou articulações cartilagíneas secundárias são articulações fortes, ligeiramente móveis,
unidas por fibrocartilagem. Os discos intervertebrais fibrocartilagíneos (Figura I.16C) existentes
entre as vértebras são formados por tecido conjuntivo que une as vértebras. Essas articulações
proporcionam à coluna vertebral resistência e absorção de choque, além de considerável
flexibilidade.
As articulações sinoviais, o tipo mais comum de articulação, permitem livre movimento entre os
ossos que unem; são articulações de locomoção, típicas de quase todas as articulações dos membros.
As articulações sinoviais geralmente são reforçadas por ligamentos acessórios separados
(extrínsecos) ou são um espessamento de parte da cápsula articular (intrínsecos). Algumas
articulações sinoviais têm características diferentes, como discos articulares fibrocartilagíneos ou
meniscos, encontrados quando as faces articulares dos ossos são desiguais (Figura I.16A).
Os seis principais tipos de articulações sinoviais são classificados de acordo com o formato das
faces articulares e/ou o tipo de movimento que permitem (Figura I.17):
As articulações planas permitem movimentos de deslizamento no plano das faces articulares. As
superfícies opostas dos ossos são planas ou quase planas, com movimento limitado por suas
cápsulas articulares firmes. As articulações planas são muitas e quase sempre pequenas. Um
exemplo é a articulação acromioclavicular situada entre o acrômio da escápula e a clavícula
Os gínglimos permitem apenas flexão e extensão, movimentos que ocorrem em um plano (sagital)
ao redor de um único eixo transversal; assim, os gínglimos são articulações uniaxiais. A cápsula
dessas articulações é fina e frouxa nas partes anterior e posterior onde há movimento; entretanto,
os ossos são unidos lateralmente por ligamentos colaterais fortes. A articulação do cotovelo é um
exemplo de gínglimo
4As articulações selares permitem abdução e adução, além de flexão e extensão, movimentos que
ocorrem ao redor de dois eixos perpendiculares; sendo assim, são articulações biaxiais que
permitem movimento em dois planos, sagital e frontal. Também é possível fazer esses
movimentos em uma sequência circular (circundução). As faces articulares opostas têm o formato
semelhante a uma sela (isto é, são reciprocamente côncavas e convexas). A articulação
carpometacarpal na base do polegar (1o dedo) é uma articulação selar (Figura I.17)
As articulações elipsóideas permitem flexão e extensão, além de abdução e adução; sendo assim,
também são biaxiais. No entanto, o movimento em um plano (sagital) geralmente é maior (mais
livre) do que no outro. Também é possível realizar circundução, mais restrita do que nas
articulações selares. As articulações metacarpofalângicas são elipsóideas
As articulações esferóideas permitem movimento em vários eixos e planos: flexão e extensão,
abdução e adução, rotação medial e lateral, e circundução; sendo assim, são articulações
multiaxiais. Nessas articulações altamente móveis, a superfície esferóidea de um osso move-se
na cavidade de outro. A articulação do quadril é uma articulação esferóidea na qual a cabeça do
fêmur, que é esférica, gira na cavidade formada pelo acetábulo do quadril
As articulações trocóideas permitem rotação em torno de um eixo central; são, portanto, uniaxiais.
Nessas articulações, um processo arredondado de osso gira dentro de uma bainha ou anel. Um
exemplo é a articulação atlantoaxial mediana, na qual o atlas (vértebra C I) gira ao redor de um
processo digitiforme, o dente do áxis (vértebra C II), durante a rotação da cabeça.












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